quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Olhar


De repente dois olhares, não eram meios, eram fins que se iniciavam.

Ela na sua contínua desorientação e ele no seu entusiasmo corriqueiro. Nunca tinham se visto, já tinham se olhado em alguns momentos, mas nunca se viram de verdade.

Desde então ela o mirava continuamente, e ele timidamente correspondia, eram um o colírio para o outro. O vazio que os abraçava desapareceu, tudo que era azul claro e tedioso tornou-se um vermelho vivo e intenso. Algo nascia e os consumia, mas era bom, era enérgico, ardente, vivo, forte e que crescia...

Sendo que começou por apenas um descuido de dia, um momento, uma razão, tornando-se o fim pra solidão.