sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Simplesmente ser


A luta mais intensa nesses dias tem sido para o resultado mais libertador e ao mesmo tempo das situações mais simples. Luto para ser eu mesma. Mas como agir com tranquilidade se o maior temor que há é de ser e se mostrar sendo. A rejeição quando ocorre a um “eu” inventado é menos dolorosa do que quando isso ocorre quando somos verdadeiramente nós. Ter nosso ego sob avaliação indireta ou possível avaliação direta é completamente desesperador! Impossível mencionar o quão desconfortável.
No entanto, a grande questão é que quando se luta para ser o que se é e viver intensamente deve-se aceitar algumas desaprovações naturais do relacionar-se com o universo circundante.
Hoje vejo que abri mão da perfeição, mas em troca quero dar gargalhadas verdadeiras e poder expressar meus sentimentos de maneira autentica. Sem semblantes e prisões autoimpostas, mas o primeiro obstáculo a ser vencido é o medo da não aceitação, o segundo, e o ultimo obstáculo é o desconhecimento das minhas ilimitadas maneiras de vivenciar o prazer de viver comigo mesma e com as pessoas que amo.
Faz necessário desatar os nós que atei cotidianamente na minha vida, o primeiro já foi desfeito e me sinto mais aliviada, faltam os outros...Independente de conseguir ou não, meu objetivo é viver. 
Intrigante que me deparo com isso em pleno dia 21/12/2012, mas as previsões Maia estarão erradas. E haverá tempo de experienciar as multiplicidades dos prazeres de ser. Eu já escolhi muitos caminhos e as companhias, agora é caminhar... E acima de tudo, SER!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Arrisco


E quem disse que o verdadeiro ato de sabedoria está em evitar o sofrimento?
Na realidade, algumas vezes quando nos jogamos em direção ao desconhecido, possível caminho de dor, é que encontramos o que sempre procuramos. Sempre há o risco da dor quando nos atrevemos a dar passos sem ter certeza de que é um solo firme sob nossos pés, mas se ficarmos parados como poderemos saber?
Hoje me permito vivenciar a embriaguez dos riscos. Viver algo que se possa sentir, seja do doce, seja do amargo que a vida possa oferecer, mas não mais da fome, por temer o sabor que poderia existir.
Há oportunidades brilhantes na próxima curva da vida, então porque razão eu ficaria parada? Se serão frutos sadios que colherei, eu não sei, só sei que plantei-os com toda a minha paixão, e me dediquei deveras no plantio. Sei que algo colherei... Espero que seja bom.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Felicidade


Feliz?
Deve-se esconder as mais intensas decisões, o sorriso que formiga para aparecer no canto da boca, o suspiro de tranquilidade, a paz que nunca havia sido experienciada.
Como as pessoas agem quando nos referimos a felicidade, não a buscada, e sim a encontrada? Não seria um bom sentimento para expor, conquistado a partir da satisfação pessoal e profissional, autoestima elevada, sentimento de utilidade...
Deve-se realmente esconder a felicidade? Ou correr o risco de permitir que as pessoas invejem, avaliem e procurem mais detalhes de uma felicidade e suas razões que são totalmente pessoais.
Como um sentimento advindo de um grande risco, uma satisfação e até uma gratidão por estar vivo.
A felicidade e a alegria são assim, confusas, inconstantes, intensas, até um pouco instáveis, mas denotam um gozo imenso da vida.
Se eu estou feliz? Não sei... Pode ser que sim.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Falta

Já que a falta me consome, partirei em busca do excesso.


sexta-feira, 4 de maio de 2012

Nômade


Há um momento da vida, em que o que mais queremos é arrumar a mala e partir. Ir por ir, sem pensar em voltar, ir pra onde? É o que menos importa... Partir e deixar algumas lembranças, sensações, mágoas, medos, deixar as lágrimas que pingaram no chão e ainda estão lá, secas. Vontade infinita de partir e se deixar, deixar o pior, o que causa dor. Deixar todas as piores decisões que tomamos. Há dias que nossa mala já está no canto esperando o momento de irmos.
Mas não é fácil largar, se fôssemos diferentes seria fascinante a ideia de partir, mas vamos iguais, tão falhos, amedrontados, solitários, feridos e sofridos quanto antes. Partiríamos e levaríamos tudo que causa dor conosco. Nômades geográficos, e não, nômades de sentimentos.

                                        Imagem disponível em: http://macabeadelamancha.blogspot.com.br/2011/07/viajante.html

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Um pedido




Só peço que confie, arrisque, pelo menos uma vez.
E o universo será seu!
Porque agora ele o é, só tu não sabes...


terça-feira, 10 de abril de 2012

angustiante

Dizem que o ócio é criativo, a angústia também é. E os dois esmagam toda nossa subjetividade. Viver o ócio não me é possível, mas já a angústia... Tente explicar algo que você não pode ver, apalpar, que você não pode modificar. É uma tarefa árdua, viver na angustia e querer explicá-la a alguém é como tentar ensinar esse alguém como ter fé. É assim como a saudade; senti-se, não se vê, toca ou remedia.
(...)
Viva sem medo e culpa, alguém me disse certo dia... Achei fascinante e ao mesmo tempo impossível, principalmente pra mim.
Mas mesmo assim, tento desde então dessa forma viver, mas é desesperador não se permitir fraquejar pelo medo, ou se permitir ser atordoada pelas lembranças culposas que vez ou outra bate a minha porta. Tentar viver sem culpa e medo é como esperar pela resposta não virá (nem mesmo uma resposta negativa).
Bem... A angústia é criativa, pois cada momento em nossa vida, ela se modifica, nos enfraquece, mas não do mesmo jeito. Nos estimula a falar sobre esse nada que consome. Que atordoa. Que amedronta. Que entristece. Que angustia. É ter voz e não conseguir impostá-la para dizê-la, é ter vocabulário e não encontrar as palavras para expressá-la, é ter um mundo de pessoas ao redor e nenhuma delas nos ver ou ouvir. A angustia é solitária e nos deixa solitários ... Ela é um pó que nos sufoca e nos tira qualquer possibilidade de expressão.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Esperança


                                             
                              Será que já posso começar a sentir esperança?

                               Imagem disponível em: http://algosobremim-marianaxavier.blogspot.com.br/2011/01/no-maximo-13.html

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

A "cura" para a dor

A indústria farmacêutica promete a felicidade sem barreiras, como diz Birman (2003):

Para os ferrados que não conseguem dizer “cheguei” de peito inflado, a fórmula mágica é a alquimia, para mudar a circulação dos humores. É preciso dar uma pancada na bílis negra, nos dizem os novos especialistas da alma sofrente. Assim seria possível, acreditam aqueles, retirar as individualidades do cenário dark e inseri-los na cena colorida da representação e do espetáculo. Como os humores são essências eternas e universais destituídas de história e memória, basta a incidência de certas dosagens alquímicas para balançar a economia dos humores para outros pontos de equilíbrio. Enfim, o caldeirão científico da feiticeira pode tudo regular de maneira funcional e pontual, ajustando os desequilíbrios humorais.

Infelizmente, o efeito não é eterno, o que ocorre é que depois não se saberá conviver com as dores e frustrações sem "tomar alguma coisa" pra amenizar o mal-estar.
Nesse sentido, quando se pensa que foi encontrada a cura dos problemas do modo mais fácil, na realidade só se posterga sua vivência e se enfraquece por não saber lidar com ela.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

a Vida, o Eu e o Nada


A vida... Esse emaranhado de decisões estúpidas, ora acertadas, ora terríveis e desafiadoramente frustrantes. Não há como explicar como esse grande circo das infinitas repetições podem nos limitar a um pequeno e contínuo número de ações que nos faz ter a sensação de constantes déjàvus.
Hoje sou a completude de desejo que perpassam pelo meu Eu esburacado, e não sei o que é mais faltoso, se sou eu ou meus desejos (?). Um completo vazio que tenta comprovar sua existência com subjetividades desejantes, para se surpreender com uma falta já pressentida.
Nessa luta, onde um inóspito morador do corpo mutilado e castrado é o grande vencedor, e o prêmio é surpreendentemente um nome que é capaz de ordenar o inordenável... Pelo menos temporariamente.
E a vida... (?) Continua sendo mera especulação.