quinta-feira, 7 de julho de 2011

Caixa de recordações


Acordei embriagada de desilusão e desesperança, algo necessitava ser feito, abruptamente paguei minha caixa de recordações; e folheei páginas dos finais felizes que não tive, reli as cartas de amor que nunca recebi, contemplei as folhas murchas das flores que nunca me foram entregues. Eram recordações guardadas, jamais usadas. Me responsabilizei por nunca as terem usado quando na realidade me faltava um personagem nas histórias... Achei melhor não ver por esse ângulo, iria trazer sofrimento, e esse sentimento estava guardado na caixa de uso contínuo. Olhei mais um instante as fotografias dos momentos festivos, e guardei a caixa alegando que é melhor tê-las, nem que seja com a certeza de nunca vivenciá-las, mas de alguma forma... TÊ-LAS.