terça-feira, 23 de agosto de 2016

Hoje é meu aniversário, e daí?


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Hoje dia 23 de agosto de 2016, dia do meu aniversário, e confesso que não gosto de aniversários. Não, não há nenhuma patologia em mim por rejeitar a data ou por não conseguir me divertir como comandam as pessoas. Eu simplesmente me deprimo nesse dia há pelo menos 15 anos (que foram os anos que tive consciência desta data e dei direcionamento celebrativo a ela).
Nesse dia, eu não gosto de sair de casa, fazer coisas loucas, fico assustada quando vejo pessoas agindo de maneira enfática como se algo tivesse mudado muito em mim, recebo abraços e sorrisos, inclusive de pessoas que não falam comigo nos dias comuns. Fico tensa, preocupada de alguém fazer alguma surpresa, eu simplesmente não sei agir diante de surpresas, fico desconcertada, sinto que sorrir não é o suficiente, daí nas “surpresas” pedem um “discurso” (esse sim é a pior situação de todo o momento em si).
Lembro com muito carinho do meu aniversário de 2015, eu fiquei em casa (o dia inteiro), minha irmã generosamente me acompanhou na maratona de filmes, comemos bolo de chocolate ruim, tomamos sorvete bom, e estivemos um dia inteiro sentindo o filme e conectada com a ficção. Eu não sei, acho que esperam que seja um dia especial, e o que seria especial para mim, talvez, não supre as expectativas dos outros. Por isso que sou taxada de desanimada, triste, chata...
Eu não sei o que me dá nesse dia, acho que todos os dias devam ser dias para serem bem vividos, e pensar que SÓ UM DIA me seja especial é pouco demais. Assim, tenho levado todos os dias com certa normalidade, mas o meu aniversário, eu o deixo mais especial, eu não quero nada extravagante, nada não seja eu mesma. Acho que é por isso que todo o ano minha família acha meu aniversário desanimado.
São tempos difíceis para os sujeitos pouco espontâneos e extrovertidos.