sábado, 29 de agosto de 2009

Dor


É sim, é pela flor que ela não recebeu. Ela chorava, tentava expulsar aquela dor horrenda que lhe arrancava a alma e toda alegria. Ela chorava, como se essa fosse a unica meneira de diminuir a dor, mas a dor não diminuia, havia sim, um enorme pena que ela despendia consigo mesma, por isso parou e se olhar no espelho, pois sabia que se ela se olhasse iria se sentir pior, estava sofrendo lastimavelmente pelo unico sentimento o qual renegou sempe.

Era a primeira vez em horas que ela parava e pensava na causa da sua dor, com os olhos umidecidos ela vai até o banheiro e encara o espelho durante alguns minutos, enquanto se olhava sentia as lagrimas quentes rolarem pelo rosto encharcado. Ela os enxuga, ainda soluçando e com um imenso nó na garganta, vai até a sala de jantar, o "chá" ainda está quente sobre a mesa, ela o injere e procura o melhor cômodo da casa pra poder "dormir".

7 comentários:

  1. E se a flor ainda estivesse à caminho?

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  2. que triste :/
    mas é vdd o qe vs disse, a gente sempre vai passar por tudo isso.
    e obg por me segir.

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  3. Será que muitas vezes nós (no fundo, em nosso sub consciente) não amplificamos a dimensão das consequências da dor? Inconscientemente encontramos um pouco de prazer nessa dor? Somos masoquistas?
    Pra essa moça da flor um conselho (não meu, de alguém bem mais experiente):
    "A dor é inevitável.
    O sofrimento é opcional..." C. Drumond.

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  4. um cômodo para DORmir.
    é incrível como os não-acontecimentos são as maiores fontes de tristeza da vida. Porque não há como se conformar de imediato.
    Mas pra tudo há uma saída e pra cada coração,


    existe uma flor.

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  5. Paradoxal e ao mesmo tempo incrível é o fato da dor, este sensação tão penosa e indesejável, ser fonte da expressão de sentimentos tão nobres e atraentes.. Acredito que os mais belos textos, as mais belas pinturas não poderiam ter outra origem.

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