quinta-feira, 2 de julho de 2015

Distimia


Não, não quero mais...

Aquela sensação estúpida de ansiedade com nada como consequência, o destino e atenção a todo momento para não perceber mudança alguma, apenas decepção e desencanto. Aquele desencanto que só existir pode nos conceder.
Há uma fase na vida que as pessoas perdem a graça, as atividades perdem o sentido e parece que o mundo diminuiu de tamanho ou foram suas expectativas que se reduziram diante dos fracassos sucessivos.
Há algumas semanas que as músicas não surtem o efeito de antes, os livros não causam o entusiasmo de outrora, as pessoas... Me nego, acredito que expectativas são o caminho mais curto para uma boa frustração.
"Tá tudo assim, parado em mim": pessoas, coisas, projetos, valores, caminhos, discursos, medos, vontades, pensamentos, entusiasmos, vaidades, sonhos...
A vontade de tudo isso partiu, agora cá estou sozinha e vazia. Controlando diariamente meus pensamentos para seguirem rumos seguros.
Não sei quem tenho sido e quem sou. Não sei de nada.

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito bom seu texto. Há tempos que não lhe e-visitava. Que bom que passei por aqui. Acho que poucos admitimos que temos medo e vazio. Aliás, nos prendemos a coisas supérfluas, que nos entretenham e nos distraiam deles, não?

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