domingo, 14 de março de 2010

Princesinha


A pequena princesa está no topo do castelo em pequenino espaço que mal cabem suas pernas esticadas, chora incontidamente, o único espaço que lhe permite ter contato com a realidade externa é uma pequenina janela quase ao teto do quarto. E porque ela está presa? Não se sabe.
Os dias passam, e ao contrário do que narram as historias infantis e românticas, não há nenhuma trama armada para retirá-la do castelo que a aprisiona, então, por mais que não tenha forças e tenha medo, ela decide levanta-se, fraca ainda, consegue subir até a pequena janela e como não há espaço para de lá sair, então ela respira o ar mais intensamente que pode.
É o instante que se encontra com seu príncipe, tendo o último contato com o mais lívido momento de sanidade e tranqüilidade. Ela paira ainda no ar junto com seu príncipe, que se apresenta molecamente dizendo-lhe; “prazer meu nome é liberdade, estais pronta pra partir?”, desesperada ela consente e os dois saem juntos, não há mais preocupação, não há mais aperto nem sufoco, ela deixa a carcaça do seu corpo e sofrimento para traz, agora é apenas ela e o seu príncipe Liberdade caminhando juntos, apenas...

3 comentários:

  1. Foi a melhor descrição de liberdade que já li.
    O ar, o vento, são como asas, tão sublimes.
    Me deu até vontade de aventurar.

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  2. Liberdade! Precisamos dela e ao mesmo tempo não sabemos o que fazer com ela...

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