Ele tem um tom rubro em si por
inteiro
Prefere para a própria vida um
novo modelo
Faz das experiências uma
intensidade pulsante
Dá para perceber o palpitar nas
suas palavras
É possível sentir aroma nas suas
ideias
Seus desejos de tão intensos
possuem formas
Ele tem uma vida além da própria vida
Carrega um tom adocicado e nostálgico
Ou talvez seja o amargo de um café forte
Um aroma de tabaco recém fumado
O mesmo que deixou no último
livro de cabeceira
Ele não é vinho suave
Ele é vinho seco, encorpado e
envelhecido
Aquele tipo de bebida que deixa
tonto em um só gole
Com ele não há rima nem perfeita
métrica
Com ele há sentidos, instintos e
variações
Para ele as palavras apenas
latejam.
Magnólia Ramos - Sujeito vivo
(24/10/2016)
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